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TEMA VI – Universidade MultiCampi
A forma de organização Multicampi da Universidade cumpre papel importante na democratização do acesso às comunidades que historicamente foram alijadas das oportunidades de acesso a escolarização em nível superior. Apesar dos reconhecidos avanços iniciados por meio do Projeto de Interiorização no final da década de 1970, os campi do interior, unidades acadêmicas da UFPA, enfrentam uma série de dificuldades, em decorrência de um modelo de gestão centralizado que concentra recursos financeiros na Administração Superior.
Esse modus operandi é utilizado como cabedal político para arregimentação de acordos e apoios. O caráter patrimonialista dessa forma de gestão impõe constrangimentos aos sujeitos que integram à comunidade universitária dos campi, com diretas implicações para materialidade dos objetivos e princípios institucionais.
Nosso compromisso é envidar esforços para implementar um modelo de gestão participativo e democrático, favorecendo a descentralização de recursos, ampliando a autonomia das unidades nas tomadas de decisões. A comunidade universitária desses campi deve ser o lócus privilegiado dos encaminhamentos e demandas tidas como essenciais para o fortalecimento das suas atividades acadêmicas e administrativas.
As ações programadas nos demais eixos da nossa proposta de campanha (ensino, pesquisa, extensão, assistência estudantil.) devem ser ajustadas à realidade e as demanda de cada Campi e os canais e espaços de diálogo e apresentação das demandas devem ser fortalecidos.
Dessa forma, apresentamos as seguintes propostas para o fortalecimento e consolidação dos campi do interior:
PROPOSTAS
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Revisão e readequação do modelo de gestão administrativa e financeira, estimulando a autonomia dos campi;
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Descentralização do Protocolo Geral da UFPA criando um setor em cada campus do interior;
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Criar uma sub-prefeitura em cada Campus do interior com descentralização dos recursos para que sejam adotadas de forma mais ágil as medidas necessárias para melhoria das condições da infraestrutura acadêmica e administrativa dos campi;
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Incentivar a participação de programas de formação continuada de professores e técnico-administrativos em programas de Pós-Graduação stricto sensu;
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Construir de restaurantes universitários nos campi do interior;
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Construir Residência Universitária nos campi que não dispõe dessa assistência;
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Incentivar a fixação de professores/pesquisadores por meio da concessão de bolsas de pesquisa e extensão e abertura de cursos de Pós-Graduação stricto sensu;
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Incrementar e atualizar os acervos bibliográficos dos campi do interior;
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Reformar e ampliar as Bibliotecas e os laboratórios de informática dos campi do interior;
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Destinar vagas nos concursos públicos para Bibliotecários atuarem nos campi do interior.
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Construir laboratórios de ensino e laboratórios de prática demandados pelos cursos de Graduação dos campi;
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Incentivar a realização de jornadas cientificas integradas (ensino, pesquisa e extensão);
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Fortalecer o Fórum dos Coordenadores, espaço avaliativo e propositivo das demandas dos campi do interior;
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Melhorar os instrumentos e canais de comunicação entre os campi do interior e o Campus de Belém (internet e telefonia);
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Criar programa Reitoria Itinerante que visa uma maior aproximação da Administração Superior e sua equipe às demandas do interior, por meio de visitas, reuniões e fóruns periódicos;
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Implementar, consolidar e aparelhar de forma adequada os espaços experimentais (laboratórios, oficinas, clínicas e campos) para os cursos com demandas práticas específica;
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Levantar a situação e providenciar a legalização dos diversos terrenos doados/cedidos para a UFPA para a implantação de núcleos, alojamento de pessoal nos municípios atendidos pelos Campi;
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Estabelecer convênios institucionais com as escolas Municipais e Estaduais com a UFPA para desenvolvimento de estágios e prática de ensino dos cursos de Licenciatura Plena ofertados pelos Campi;
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Incentivar a criação de cursos de Especialização (Pós-Graduação Lato Senso) gratuitos, na UFPA, que atendam preferencialmente docentes e técnicos da Educação Básica no Estado;
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Apoiar a iniciativa e liberação de carga horária de Técnicos Administrativos, dos Campi, na elaboração e desenvolvimento de Projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão;
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Apoiar a criação de cursos de Pós-Graduação stricto senso em todos os Campi;
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Estabelecer convênio com as Secretarias Estaduais e Municipais e Ministério da Saúde, para a implementação de Posto Médico (ambulatório, enfermaria) para o atendimento médico semanal ao pessoal discente, docente e técnico dos Campi, in locu;
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Rever, aprimorar e ampliar, o atendimento de seguro de vida para o pessoal dos Campi, para os trabalhos de campo, estágios e viagens à trabalho (de sala de aula e apoio aos núcleos);
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Criar uma rubrica específica, no orçamento da UFPA, para o deslocamento para Belém, de docentes e técnicos com problemas emergenciais de acidentes e saúde em geral (ou utilização dos veículos da instituição para este deslocamento, em casos de emergência);
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Criar programa para o atendimento às mulheres (professoras, técnicas e estudantes) gestantes, bem como creches, nos Campi para atendimento às crianças no horário de trabalho/aula, com a oferta de bolsa e estágio para acadêmicas/os e pessoas da sociedade, devidamente qualificadas, para este serviço (Programa Gestante e Creche);
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Incentivar a criação de Grupos de Pesquisa nos Campi, dando prioridade para aqueles vinculados à Educação Básica e Desenvolvimento Regional e Tecnológico, com vistas à implementação de Cursos de Pós-Graduação;
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Criar espaços de convivência e estudo nos diferentes Campi, orientando as novas construções sob este princípio de comunidade acadêmica;
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Promover, bianualmente, um programa de redistribuição interna de docentes e técnicos que desejem mudar de Campus, de acordo com as demandas e ofertas de cada Unidade, sem ônus para a UFPA.
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